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sábado, 2 de fevereiro de 2008

Cada dia que passa fico mais preocupado...


A agora ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, foi acusada de usar o cartão de crédito corporativo (odeio essa palavra) do Estado para gastos pessoais, como o aluguel de carros caros por um período superior ao da agenda oficial, e por comprar produtos em uma loja Duty Free (sem a cobrança de impostos), que na verdade são aquelas lojinhas nojentas para extrangeiros e brasileiros gastarem seus $euros (o $dólar está em baixa) e $reais quando chegam ou saem do Brasil. A pergunta: por que não temos lojinhas sem uma montanha de impostos para todos os brasileiros? Essa eu deixo sem resposta...

O importante é que a ex-ministra ADMITIU que cometeu um ERRO ao usar dinheiro público para gastos pessoais. Gente... tudo bem, com isso já estamos acostumados, né? A gente até vota de 4 em 4 anos, todo mês de Outubro.

Mas vamos agora ler a nota oficial do PT (Partido dos Trabalhadores?) e de seu respectivo presidente, Ricardo Berzoini:

"O Partido dos Trabalhadores se solidariza com a ministra Matilde Ribeiro e lamenta sua saída da Seppir, pasta que comandou com dignidade e competência desde o início do primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva"

Até aí morreu Inês, mas vamos ver a seguir a citação retirada de uma notícia publicada pelo site Terra:

"Na nota, o PT ressalta a posição da ex-ministra em defesa das cotas para negros e índios nas universidades. E avalia que as políticas da Seppir foram alvo da "intolerância secular que domina parte da sociedade brasileira" e que "as eventuais irregularidades cometidas motivaram ataques e insinuações em tom abertamente preconceituoso, não só contra a ministra, mas contra a própria existência da Seppir"".

"O partido afirma, ainda de acordo com a nota, que vai acompanhar com tranqüilidade a investigação do uso do cartão corporativo e que "tem convicção de que o governo do companheiro Lula dará continuidade às políticas desenvolvidas pela Seppir"".


http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2311198-EI7896,00.html


Sei que nunca devemos nos acostumar com o saque secular de nosso dinheiro público, que devemos bradar como leões contra o roubo e o escárnio em nossas caras, e definitivamente acabar com o "jeitinho" brasileiro (falo do jeitinho pérfido) em nossas vidas cotidianas.

Mas além de todos os problemas, que já conhecemos, algo passa a me preocupar com mais ardor.

O roubo está sendo racializado! Quando o partido do presidente da República tenta "afagar" uma ministra que admite que se utilizou de dinheiro público para fins particulares, passamos a viver em um momento perigoso de nossa tão bradada história de tolerância racial.

De que tolerância estamos falando? Será que estamos falando de um "roubo tadinho/a"?
Será que vamos ter um "roubo" menos "roubo" devido à cor da pele de alguém. E parece que isso já está em processo, pelo que podemos ler na nota emitida por um dos maiores partidos do país, o partido do presidente da República.

Estamos racializando as vagas nas universidades!
Estamos racializando a pobreza!
Estamos racializando o roubo do dinheiro público!

Sei que o tema é polêmico, mas o PSQC não vai fugir dele. Entraremos e aprodundaremos (eu e os leitores do PSQC) esse tema e, espero, o debate.

Em breve.
Em breve.

Não podia deixar isso passar em branco, ou em negro, ou... moreninho (pra quebrar o gelo).

Até.

2 comentários:

Lair disse...

Espero, realmente, que sua verve política se manifeste sobre este assunto.
Abraços.

palavras sobre qualquer coisa disse...

Irá se manifestar bem em breve Lair, quando você menos esperar lançarei novidades sobre o tema.

Aquele abraço.

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O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

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